Que dor é ser
Água em taça de vinho
Quando um tolo a lhe sorver
Se engana e cospe-te fora
Como se fosse lixo
Como se fosse espinho
Que frieza é deter
um fardo bloqueando o caminho
Que a natureza errou ao fazer
e afasta todo o amor
Meu algoz é meu
Meu algoz sou eu
A quem cabe dar o afeto que me cabe?
Alguém como eu
Um corpo que invade
Que cabe no meu
A quem cabe enxergar-me como quero?
Contrário de eu
Um corpo que cabe
Certinho no meu
E o amor eu peço em segredo
A paz no que eu quero fazer
E ao amor eu peço em segredo
Dê luz ao que eu vim a ser